Líderes da oposição reagiram à patranha federal armada pela CEF, pelos ministros Maria do Rosário (Direitos Humanos) e José Eduardo Cardozo (Justiça) e pela própria presidente Dilma Rousseff. Já está claro como a luz do dia que a corrida para sacar os recursos do Bolsa Família decorreu de uma ação da direção do banco, que antecipou os pagamentos de maio, sem prévio aviso, e permitiu a fermentação de um coquetel de boatos, incluindo o suposto pagamento de um extra, de um bônus — versão que, embora falsa, se mostrava verossímil porque se tornou disponível um dinheiro antes da data agendada. Rosário, com a responsabilidade e pertinência costumeiras, acusou as oposições. Cardozo e Dilma foram mais sutis, apontando conspirações… E os responsáveis estavam na… Caixa Econômica Federal.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), cobrou desculpas da presidente Dilma, segundo informa a Folha:
“O presidente da Caixa omitiu a verdade durante toda essa semana. Esperamos até uma convocação de rede pública de televisão, já que a presidente é tão afeita a essas convocações, que peça desculpas aos brasileiros tanto pelas acusações injustas e por aqueles que sofreram, segundo a presidente, um ato desumano (…) Cada vez mais claro é que houve uma ação descoordenada que levou a todo aquele tumulto e, o mais grave, que não foi assumida pela Caixa. Estamos voltando a ter versões oficiais de instituições seculares e que atendem a interesse do governo e não do país”.
“O presidente da Caixa omitiu a verdade durante toda essa semana. Esperamos até uma convocação de rede pública de televisão, já que a presidente é tão afeita a essas convocações, que peça desculpas aos brasileiros tanto pelas acusações injustas e por aqueles que sofreram, segundo a presidente, um ato desumano (…) Cada vez mais claro é que houve uma ação descoordenada que levou a todo aquele tumulto e, o mais grave, que não foi assumida pela Caixa. Estamos voltando a ter versões oficiais de instituições seculares e que atendem a interesse do governo e não do país”.
Parlamentares da oposição se encontraram na manhã desta terça com Leandro Daiello, diretor-geral da Polícia Federal. Cobraram celeridade na investigação, informa o Globo Online. “A ministra Maria do Rosário falou que a oposição estava por trás disso, então fomos lá pedir pressa e acesso às investigações”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). “Em qualquer país sério do mundo ele [Jorge Hereda, presidente da CEF] seria demitido na hora. Isso é grave, é um crime. Ele pede desculpas e varre-se tudo para debaixo do tapete? Passou pelas águas do rio Jordão, está abençoado, não tem pecado?. É isso que se espera? Esse fato é grave e agora o governo quer minimizar”, disse Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara.
Para o líder do MD na Câmara, Rubens Bueno (PR), “o presidente da Caixa agiu com irresponsabilidade e incompetência”. E acrescentou: “Em todo esse episódio, o que não faltou foi mentira, falta de transparência. Não há dúvida de que o erro da Caixa, ao antecipar na surdina os pagamentos, contribuiu de maneira decisiva para a difusão do boato sobre o fim do programa do governo. Sem contar que os beneficiários ainda foram prejudicados com os tumultos na agências.”
Encerro
É importante reiterar aqui um dado fundamental nessa história toda: não fosse a reportagem da Folha descobrir a antecipação do pagamento, a mentira oficial contada pela direção da CEF teria prosperado, e a hipótese de uma tramoia, que a máquina petista já estava jogando nos ombros da oposição, teria prosperado.
É importante reiterar aqui um dado fundamental nessa história toda: não fosse a reportagem da Folha descobrir a antecipação do pagamento, a mentira oficial contada pela direção da CEF teria prosperado, e a hipótese de uma tramoia, que a máquina petista já estava jogando nos ombros da oposição, teria prosperado.
A Caixa Econômica Federal é um banco público, não um banco do PT.
Daí me aparece um ex-barbudo,
que corre mais que o Usain Bolt
do tema mensalão, dizendo que
os "boatos" (que saíram, com
certeza, planejados para existir,
nítido agora com comentários e
análises esclarecedoras do
Reinaldo Azevedo, com base em
tudo o que ele e a Folha de SP
apuraram) são ofensas para os
pobres..(São uma ameaça para a
reeleição, afinal perder votos de
quem recebe esse benefício sem
necessidade é arriscado,
não é mesmo senhor ex-
presidente??)
Infelizmente, os mais pobres, que
não tem acesso a informação,
(principalmente sobre as
palhaçadas do governo federal e
seus aliados..e que recebem o
benefício) vão votar (e ser
ferramenta poderosa de voto)
novamente nessa corja, visto que
na corrida presidencial de 2014,
esse tema será usado como
motivo de campanha pelo
"desgoverno" e certamente eles
não terão o acesso a verdade
sobre esse caso.....
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